Amor, ódio, tristeza, alegria, solidão, raiva,
angustia, frustração ansiedade, paixão
.......e tantos outros....
Nossos sentimentos são muitos e, as vezes, tão
confusos que nos perdemos. Mas quais são os mais importantes
?
Todos são extremamente importantes, pois somos seres
humanos e os sentimentos; precisamos apenas aprender a trabalhar
com eles.
Precisamos viver cada minuto com a certeza que este minuto,
não voltará nunca mais. Cada momento deve ser
valorizado por ser único e bem aproveitado. Devemos
sentir e trabalhar nossos sentimentos como eles nos surgem
e de alguma forma não despreza – los.
Muitas vezes a tristeza nos sufoca e parece que vamos explodir,
outras vezes, a alegria nos invade e, não temos com
quem dividi-las.
É sempre bom partilhar nossos sentimentos, sejam eles
de alegria ou tristeza, pois precisamos de carinho e apoio
das pessoas. Precisamos todos um do outro, trocando experiências
e vivências.
Hoje em dia, a correria pela sobrevivência, não
nos permite ver que ao nosso lado as pessoas estão
precisando de uma palavra, um gesto, um carinho.
Nós, voluntários do Samaritanos Penha, nos unimos
com a intenção de dar a essas pessoas que precisam
partilhar seus sentimentos, um pouco de atenção,
carinho e respeito.
Sabemos que todos estão sempre ocupados e sem ninguém
para ouvi - luz e por isso, estamos disponíveis para
dividir suas emoções quando vocês precisarem.
Teremos um grande prazer em partilhar esses momentos com vocês.
Liguem quando quiserem ou venham nos conhecer e participar
de nossos cursos para voluntários.Unidos faremos um
mundo mais humano.....
TEMAS PARA REFLEXÃO
Apego não é Amor
APEGO NÃO É AMOR
Geralmente, vivemos tão compenetrados com nossas atividades pessoais, seja em ganhar dinheiro, em ganhar afeto, em ganhar status, etc, que afundamos na importância demasiada que damos à nossa própria personalidade. Assim, tendemos a nos tornar indiferentes às outras pessoas, e exalamos intolerância e azedume para todos aqueles que pensam de maneira diferente.
Mas, se agimos assim fora de casa, como seria possível termos amor por alguém dentro do lar? Não podemos, de um lado, explorar o próximo, ser indiferente, desejar-lhe o mal, humilhá-lo, e depois ir para casa mostrar afeto para com os nossos. Não, senhores, não podemos fazer as duas coisas. No entanto, é o que queremos fazer, e queremos fazer isso porque temos apego, mas não temos amor verdadeiro.
Desejamos a nossa própria continuidade, e buscamos isso através dos nossos filhos. Eles são muito importantes, não por eles próprios, mas por causa da nossa continuidade que eles representam – meu nome, minha classe, meu orgulho.
Conhecemos muito bem essa história. Naturalmente, não existe amor nesse tipo de relação. Possuir uma pessoa é como prostituí-la, isto é, a pessoa se torna importante, não por si mesma, mas porque, dentro de mim, estou vazio, faminto, sou mau, insuficiente, tacanho, e por isso utilizo outra pessoa – minha mulher, meu filho, meu patrão ou qualquer outro – para cobrir o meu vazio interior.
Da reflexão surge a inteligência, e só a inteligência pautada no amor é capaz de resolver o conflito, coisa que legislação alguma jamais poderia fazer. A pessoa possuída é um meio de fuga à solidão do possuidor, que, naturalmente, torna-se ciumento e invejoso. Para compreender todo esse processo humano, que é extremamente complexo e sutil, é preciso amor, sentimento este totalmente diferente do apego; não podemos ter amor se, por um lado, procedemos cruelmente nos negócios, na vida quotidiana, e, por outro lado, procuramos ser ternos, meigos e bondosos dentro de casa.
Não podemos ser ricos, ambiciosos e, ao mesmo tempo, amoráveis e carinhosos, porque para ser rico e ambicioso você precisa competir o tempo todo, precisa passar por sobre os seus semelhantes, e é impossível ser dócil, humilde e afável agindo desse modo. Não, amor e apego não caminham juntos.
O amor é tolerância, é paciência, é compaixão e é renúncia, e só quando há amor, que é também inteligência - o amor é a forma mais elevada de inteligência –, é que pode ser resolvido o problema do apego e do conflito. Somos entes humanos, homens e mulheres, seres sensíveis, e não capachos que ora pisam, ora são pisados, que se usam sexual e mentalmente para satisfações egoístas.
Somente quando nos considerarmos, uns aos outros, como seres humanos, e não objetos a serem possuídos, teremos então a possibilidade de compreender e transcender todos os conflitos.
(Extraído e adaptado da palestra de Jiddu Krishnamurti - Conflito - Além do Mito e da Tradição)